Uma das maiores perguntas que nós temos no decorrer da vida é
o clichê "o que estamos fazendo aqui?". Adicionaria até o "qual
é o sentido da vida?". Bom, diante da imensidão e complexidade do tempo
seria irrelevante dizer qual é o nosso sentido e o que fazemos aqui. Não somos
nada em relação ao tempo. Apenas um fragmento numa história absurdamente
grande. Tenho minhas ideias sobre a relação do multiverso, o tempo e até mesmo
extraterrestres... mas essa não é uma mensagem filosófica numa perspectiva
científica. Me peguei pensando qual é o sentido da minha vida e o que eu estou
fazendo aqui. Há muito tempo que eu precisava me reencontrar, talvez esse seja
o início da minha jornada. Passei por muitas coisas na minha vida que me deram
a oportunidade de aprender e uma das minhas características que mais sou grato
ao destino é a capacidade de reflexão. Não que isso me faça um ser humano
melhor, apenas diferente. Gosto de refletir sobre as coisas e parar para pensar
nos rumos dessa vida. E talvez eu tenha me perdido ao longo dos últimos meses e
parte da minha essência tenha sido perdida. Mas felizmente sinto que este é o
momento em que reencontrei essa parte do que era. O que a rotina de stress,
trabalho e falta de tempo não faz, não é? Até parar de escrever eu parei
durante um tempo. E nunca tinha feito isso. Do início de 2012 até este momento
minha vida mudou completamente. Produzi muitas coisas, aprendi mais, me tornei
um homem melhor, tive várias vitórias importantes. Entretanto, foquei muito
algumas coisas e me esqueci de mim mesmo. Do que eu queria e daquilo que mais
gostava: refletir. Me tornei mais um na multidão. Não por ser pior. E não era
antes, não por ser melhor. Mas apenas por que eu acedia à escola das coisas,
como diria Durkeim, e pensava além. E então tomei decisões difíceis ao longo
dos últimos meses. Nem todas boas, nem todas ruins. Mas importantes no processo
da minha construção eterna. E sinto que a jornada para me reencontrar foi
iniciada. E à isso sou muito grato. À tudo aquilo de "ruim" que aconteceu
e às decisões que tomei. Tudo isso faz parte do processo. Não busco a
perfeição. Mas busco a construção. E voltei a refletir para me reconstruir. O
passado define seu presente e ambos definem seu futuro. E felizmente, minha
jornada se inicia. Esta pode ser uma mensagem guiada por motivações pessoais
mas que possui um âmbito universal. Percebi que estou aqui para aprender. E o
sentido da minha vida é ser feliz. E sinto que, novamente, estou aprendendo a
ser feliz. E estou feliz por aprender. E só sendo feliz mesmo é que nossos
corações estão abertos para a aprendizagem.
Sinto ter deixado todas as minhas barreiras de
lado, deixei todas as minhas ideias erradas para trás. Recomecei.
Reconstruí. E para isso que estou aqui. Aprendi.
Hoje me sinto completo de uma maneira muito
especial. Mas nossas existências não são muito pequenas perto da imensidão do
tempo? Mas tempos pequenos tem muito valor. Aliás, nós é que atribuímos valor
aos nossos tempos. E estes são os primeiros dias da minha vida. Da minha nova
vida.
O tempo? O tempo é apenas uma dimensão. Não
importa no final. Parece paradoxal, não é? Se perdemos tempo achando que somos
apenas fragmentos de uma imensidão, como poderemos dar valor à pequenas coisas?
Nós somos importantes e essenciais. Não pro tempo, não pra imensidão... mas
para muita coisa. Para muita gente.
Estou vivo de verdade.
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